COREU GANHA NOVAS LIVRARIAS
Unindo literatura ao café, duas novas livrarias são inauguradas para facilitar a vida de moradores e estudantes que antes sentiam dificuldade em comprar livros no bairro universitário
CLARISSE SOUZA,
5° PERÍODO
Encontrar livros à venda no Coração Eucarístico não é mais um problema. O bairro, que sofria com a ausência de livrarias, recebeu, no mês de março, dois novos estabelecimentos que além de livros, têm também espaços destinados ao café. A falta de comércios deste setor na região foi abordada pelo MARCO na edição 269. A principal justificativa dos comerciantes locais para a escassez de livrarias era o desinteresse da população local por livros. No entanto, para Alencar Fráguas Perdigão, que junto com seu sócio, Dante Ferreira Moreira, inaugurou a Quixote Livraria e Café no último dia seis de março, o bairro é propício para este tipo de negócio. "Fiquei impressionado com o crescimento do bairro, que está quase independente do centro", observa. Ele acredita que devido ao constante movimento de pessoas no bairro, há grande probabilidade de a livraria ter sucesso no local.
Embora não tenha feito pesquisas rigorosas de público, o proprietário da nova Diadorim Livraria e Café, localizada à Rua Dom José Gaspar, aposta no local devido à quantidade expressiva de estudantes provenientes da PUC e das escolas da região. "Fiz uma pesquisa vindo muito aqui. Me formei na PUC e sempre achei que aqui caberia uma livraria e um café", conta Tarcísio Alves Júnior. Dante Ferreira Moreira, sócio da Quixote, explica que o público alvo do estabelecimento será os professores da PUC. "O cliente da livraria é muito o professor da universidade. Como a gente tem o maior campus da PUC aqui, ficou muito fácil perceber isso. Com uma sondagem com os professores a gente percebeu que, de fato, teríamos uma adesão a essa proposta. Todo mundo achou muito bom", analisa Dante. Antes da inauguração das livrarias, a estudante de odontologia, Gabriela Guimarães, precisava se deslocar até os bairros Centro ou Savassi para comprar algum livro. "Agora eu vou procurar vir mais nessa livraria (Quixote), agora que está aqui mais perto e eu moro aqui pertinho", afirma a estudante. Para ela, a partir da chegada das novas
livrarias, ler ficou mais fácil.
Embora não tenha feito pesquisas rigorosas de público, o proprietário da nova Diadorim Livraria e Café, localizada à Rua Dom José Gaspar, aposta no local devido à quantidade expressiva de estudantes provenientes da PUC e das escolas da região. "Fiz uma pesquisa vindo muito aqui. Me formei na PUC e sempre achei que aqui caberia uma livraria e um café", conta Tarcísio Alves Júnior. Dante Ferreira Moreira, sócio da Quixote, explica que o público alvo do estabelecimento será os professores da PUC. "O cliente da livraria é muito o professor da universidade. Como a gente tem o maior campus da PUC aqui, ficou muito fácil perceber isso. Com uma sondagem com os professores a gente percebeu que, de fato, teríamos uma adesão a essa proposta. Todo mundo achou muito bom", analisa Dante. Antes da inauguração das livrarias, a estudante de odontologia, Gabriela Guimarães, precisava se deslocar até os bairros Centro ou Savassi para comprar algum livro. "Agora eu vou procurar vir mais nessa livraria (Quixote), agora que está aqui mais perto e eu moro aqui pertinho", afirma a estudante. Para ela, a partir da chegada das novas
livrarias, ler ficou mais fácil.
DIFICULDADES O livreiro Willian Estáquio Gomes não é tão otimista quanto ao comércio de livros no Coração Eucarístico. Em entrevista ao jornal MARCO em outubro de 2009, ele contou que a demanda por livros no bairro não é tão grande quanto se imagina. Concorrer com o uso indiscriminado das cópias e a venda de livros pela internet são um dos principais problemas, segundo ele. Ele ainda salienta que os próprios professores, muitas vezes, incentivam o uso de cópias, disponibilizando Xerox de livros dentro das salas de aula. Tarcísio também considera a concorrência com o xerox desleal. "Eu acho que atrapalha e é um crime. Mas a gente sabe que acontece, até porque é difícil falar que o estudante tem condições de comprar a quantidade de livros que a universidade pede", observa. Como são recém inauguradas, as livrarias ainda não conquistaram o público. Para chamar a atenção dos novos clientes, os proprietários das livrarias procuram se diferenciar dos demais. Tarcísio conta que pretende conhecer os dons artísticos dos alunos da PUC e organizar pequenas apresentações dentro da livraria. Além disso, ele pretende oferecer descontos aos estudantes. "Nós temos aqui a política de cobrir qualquer preço", garante. Outro diferencial, segundo ele, é o conforto proporcionado aos portadores de necessidades especiais. "Temos acesso para cadeira de rodas, e vamos colocar um cardápio em braile", acrescenta. Diferentemente da Livraria Diadorim, os proprietários da Livraria Quixote não garantem redução de preços para estudantes, mas apostam no atendimento. "As vantagens são os bons livros, profissionais qualificados e ambiente aconchegante", afirma Alencar. Já Willian não considera que as novas livrarias atrapalharão suas vendas e aposta em sua experiência no mercado de livros no bairro. Ele provoca os novos comerciantes do ramo, afirmando que estes só conseguirão diminuir suas encomendas de livros "se eles superarem meu desconto".
(reportagem publicada na edição 272 do Jornal Laboratório MARCO do Curso de Jornalismo da PUC Minas)
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http://www.fca.pucminas.br/embriao/textos/marco_254