Quando sai para fazer compras a estudante de odontologia Mariane Marinho, 19 anos enfrenta algumas dificuldades quando o assunto é economizar. Mariane mora sozinha há dois anos, quando saiu de sua cidade no interior de Minas Gerais para estudar na capital mineira, e a falta de experiência em compras de supermercado faz com que a estudante acabe gastando mais do que o planejado.

A estudante tem dificuldades na hora das compras
De acordo com o economista Ricardo Rabello, as dificuldades enfrentadas por Mariane são comuns ao se tratar de jovens que moram sozinhos. Isso acontece, muitas vezes, justamente pela falta de experiência que os estudantes tem em fazer compras. “Eles acabam pagando mais caro porque não tem muita prática”, afirma.
Mariane ainda não trabalha. Como o curso de odontologia é em horário integral, a estudante dedica a maior parte de seu tempo aos estudos. Dessa forma, ela conta com o apoio dos pais para se manter em Belo Horizonte. “As despesas são divididas. Meu pai paga a mensalidade e meus materiais da faculdade e a questão de compras, comida, aluguel, minha mãe que é responsável por essa parte”, conta. Os gastos, sem contar a mensalidade da faculdade, são em torno de R$600, divididos entre aluguel, comida e transporte. Além disso, a mãe da estudante manda uma quantia para gastos extras, como em caso de precisar comprar remédios ou pegar um táxi.

Os gastos em BH chegam a R$600 por mês
A estudante conta que consegue se manter bem com a quantia enviada pelos pais, porém, na hora das compras, sempre acaba gastando um pouco mais. As dificuldades de Mariane não estão em encontrar produtos mais baratos, comparar preços ou marcas, mas sim por não conseguir conter a vontade de comprar produtos por impulso. “Não tenho dificuldade na hora de fazer as compras sozinhas, porque sempre ajudei minha mãe, o problema é que compro muita coisa que não tem necessidade”, afirma.
Ricardo Rabello afirma que isso acontece justamente pelas estratégias usadas pelos supermercados, que colocam as prateleiras de produtos mais supérfluos na frente e os bens de primeira necessidade nos fundos. Então, obrigam o comprador a passar por aquelas prateleiras antes de chegar ao que eles precisam.

Muitos produtos que Mariane compra são por puro impulso
Diferente de Mariane, o estudante Carlos, 18 anos, enfrenta dificuldades justamente na hora de comparar os preços e escolher marcas. “Como não tinha esse costume na minha cidade, acabo passando por alguns problemas aqui”, revela. O estudante conta ainda que não tem noção de quais são as melhores marcas e que já passou muita raiva ao comprar produtos que não eram de boa qualidade. “Acabei gastando mais”, lamenta.
A solução de Carlos é ligar para a mãe e dessa forma, pedir dicas sobre o que comprar. Mariane admite que a ajuda da mãe também é muito importante, pois só com ela consegue economizar mais dinheiro na hora das compras. “Se eu tivesse fazendo compras junto com a minha mãe, com certeza eu iria gastar menos. Ela não ia deixar eu comprar tanta coisa que eu gosto e que não tem tanta necessidade, mas como ela não mora aqui, eu aproveito”, brinca.
Além da falta de experiência e falta de controle na hora de comprar, os estudantes reclamam também que alto custo de vida nos bairros universitários, principalmente o Coração Eucarístico. "Comparando com a minha cidade, tudo aqui no bairro é mais caro", conta Mariane.
Para saber mais sobre o custo de vida no Coreu acesse:
http://www.fca.pucminas.br/embriao/textos/marco_275.pdf
Oi, Cinthia,
ResponderExcluiresse post ficou bacana.Bons personagens, fotos e um link com o Marco. Tente, editando, retirar o enorme espaço branco que ficou no final da matéria.
abs,