Confira aqui a entrevista com a nutricionista Elza Freire, onde ela dá dicas para uma alimentação saudável
Podcast #1
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
FILHO, VOCÊ ESTÁ SE ALIMENTANDO BEM?
Quando Maria Aparecida Duarte Alvim liga para o filho Carlos Eduardo, a pergunta é sempre a mesma: “Filho, você está se alimentando bem?”. Essa pergunta é reflexo da preocupação de Maria Aparecida pelo filho que saiu de Barbacena para morar sozinho em Belo Horizonte, onde cursa a faculdade de jornalismo. “Tenho muito medo dele não estar almoçando e sim fazendo lanche, então eu procuro sempre saber da alimentação dele”, conta.
Segundo a nutricionista Elza Freire, um dos maiores problemas para os jovens que moram sem os pais é a má alimentação. Isso acontece, principalmente, devido à falta de tempo dos estudantes e a má orientação quanto ao consumo dos alimentos. “O maior problema é a falta de horário para se alimentar e também a qualidade e a escolha dos alimentos que eles fazem, pois são pouco nutritivos”, explica a nutricionista.
Na casa de Carlos Eduardo o miojo é o prato principal
Mesmo com toda a cobrança da mãe, Carlos Eduardo não esconde que às vezes tropeça quanto aos cuidados com a alimentação e se rende a alimentos prontos ou pula refeições durante o dia. O estudante conta que não tem habilidades na cozinha e isso acaba por influenciar a má alimentação. Quando tem a oportunidade de cozinhar, acaba optando por alimentos mais fáceis, como massas. “Macarrão sai muito lá em casa, porque é mais fácil de fazer. O mais tradicional mesmo, que é super rápido, é o miojo”, revela.
Diferente de Carlos Eduardo, o estudante Ricardo Mallaco, 20 anos, conta que adora cozinhar e vê o fato de morar sozinho como uma oportunidade de testar as habilidades na cozinha. “Quando eu morava com a minha família eu tinha pouco costume de cozinhar, porque minha mãe falava que ia sujar as coisas, que ia bagunçar a cozinha. Aqui, já que a cozinha é minha, eu bagunço”, diz. Ricardo saiu de Vitória, no Espírito Santo, para morar em Belo Horizonte, onde cursa a faculdade de jornalismo e mesmo gostando de cozinhar, afirma que enfrenta alguns problemas como a falta de tempo e de dinheiro para fazer comidas mais saudáveis. Além disso, Ricardo conta que sente falta, principalmente, da variedade de comidas que a mãe preparava quando ele morava no Espírito Santo, o que não acontece agora que mora sozinho. “Lá ela comprava carne melhor, algumas carnes mais nobres, comprava salmão, aqui eu não como porque se não eu gasto o dinheiro do mês todo só comprando salmão”, afirma.
Elza Freire afirma que a falta de cuidado com a alimentação pode gerar muitos problemas para esses jovens, como pressão alta, obesidade e problemas renais. A maioria dos alimentos preferidos pelos estudantes tem alto teor de corante, sódio, gordura trans e acidulante, como é o caso dos biscoitos recheados e sucos de pacotinho. Além disso, a nutricionista afirma que os chamados “alimentos prontos”, como lasanhas, pizzas e sanduíches e, principalmente, as frituras são totalmente prejudiciais, aumentando ainda mais os riscos para aquelas pessoas que não praticam nenhuma atividade física.
Para driblar os problemas que enfrentam na cozinha Carlos Eduardo e Ricardo sempre ligam para casa para pedir dicas para as mães. Outra solução encontrada pelos estudantes é trazer a comida pronta quando vão para casa nos finais de semana e deixá-la guardada no congelador.
Maria Aparecida sempre tenta ajudar o filho dando dicas de alimentos saudáveis e fáceis de fazer, mas a preocupação sempre continua. “Apesar dele não gostar de cozinhar, eu procuro ensinar a ele o que fazer. Dou dica pra ele fazer alguma coisa bem saudável, fazer um arroz, um feijão, uma salada, um bife, que são coisas fáceis de fazer e que ele vai ficar bem alimentado. Mando ele comer verdura, legumes. Ele fala que come, mas eu tenho as minhas dúvidas”, revela.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
"Mãe, pai, quero estudar fora!"
“ Mãe, pai, quero estudar fora.” Essa é a frase, em que os pais percebem que seus filhos necessitam de seu próprio espaço para se darem bem, futuramente nas profissões desejadas.
Foi assim com Rosânea Martins, mãe de Carla que saiu de Conselheiro Lafaiete para cursar Jornalismo na PUC Minas: “Deixei a Carla estudar fora por causa das melhores condições de ensino e mercado que BH oferece.”
E assim como Carla, Camylla e Matheus também tiveram que sair de casa. Camylla, se viu na difícil decisão de ficar em uma cidade pequena e fazer um curso que não era o desejado, ou se mudar para Viçosa, e fazer Zootecnia na UFV. A mãe de Camylla, Míriam Apolinário disse que apesar de tudo apoiar a decisão de Camylla era o melhor a ser feito já que se tratava do sonho de sua filha, e depois de algumas conversas, não havia mais nada a fazer, do que ajudar a filha na mudança.
Com Matheus não foi diferente, depois de passar em Engenharia Metalúrgica, na UFOP, não houve outro sentimento vindo dos pais que não de apoio, sua mãe Marlene Rodrigues, comenta que: “ A saída de casa foi meio que um caminho natural, visto as poucas possibilidades na nossa cidade, Lafaiete. Conversamos quanto à mudança e continuamos conversando.” Outra preocupação que pareceu muito relevante aos pais, quanto à saída dos filhos de casa é a constante violência, segundo Rosânea: “Vivemos em um mundo em que a violência ta demais. Então a preocupação maior não é pelo que ela possa fazer, mas pelo que os outros possam fazer com ela.”
Nas entrevistas, o que mais se notava era que o sonho dos filhos, acabava por se tornar também o dos pais, com isso a segurança dos pais com filhos e filhos com pais, não poderia ser mais sólida.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
JOVENS ESTUDANTES LIDAM COM O DESAFIO DE MORAR LONGE DOS PAIS
Saudade de casa, falta da família e a responsabilidade de controlar a própria vida. Esses foram os sentimentos com os quais Ivan Soares, 20 anos, teve que aprender a lidar há dois anos, quando resolveu sair da casa dos pais em São Sebastião do Paraíso para estudar engenharia mecatrônica em Belo Horizonte.
Essa não é a primeira vez que Ivan sai de sua cidade natal para morar fora de casa. Antes de Belo Horizonte o estudante morou em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, mas conta que não passou nem perto das dificuldades que enfrenta ao morar na capital mineira. "Quando eu fui morar em Ribeirão, eu já conhecia a cidade, então foi mais fácil. Em BH tive um pouco de medo, porque é uma cidade grande, totalmente diferente da vida que eu estava acostumado a ter", explica.
Logo na primeira semana em Belo Horizonte Ivan percebeu o quanto era complicado viver longe de casa e, principalmente, longe da mãe. Como Ribeirão ficava próximo de sua cidade, ele conseguia ir para São Sebastião do Paraíso todo final de semana, assim, a falta de casa não era tão grande. Porém, devido à grande distância entre Belo Horizonte e São Sebastião do Paraíso, Ivan só vai para casa uma vez ao mês, o que torna a saudade muito maior. "Quando cai a ficha de que a nossa mãe não mora mais com a gente é que descobrimos o quanto ela é importante e faz falta", comenta. Mesmo fora de casa, Ivan não mora totalmente sozinho. Ele vive em uma república junto com outros três garotos, que assim como ele, saíram de suas cidades para estudar em BH.
Pedro Paulo Pereira Silva tem apenas 19 anos, porém é o que possui a maior experiência em viver longe dos pais. Além de Belo Horizonte, ele já morou em Juiz de Fora e na Irlanda. Ele é estudante de Relações Internacionais e saiu de sua casa em Barbacena em 2008. "Saí de casa para estudar, já que BH oferecia melhores oportunidades do que a minha cidade", explica.
Diferente de Ivan, para Pedro a mudança não foi tão difícil, porém não nega que sente falta da família e de algumas mordomias como o conforto da casa dos pais e do carro que antes, ficava à disposição. "Para mim foi normal, porque eu ainda considero que moro com a minha mãe. Tenho duas casas”, brinca. O estudante também destaca a dificuldade de conviver com pessoas tão diferentes dele, mas afirma que a experiência é muito boa.
Assim como Pedro, Carlos Eduardo Alvim, 19 anos, também saiu de Barbacena para estudar em Belo Horizonte. Antes disso, morou em Juiz de Fora para fazer cursinho e se preparar para o vestibular. O estudante conta que o primeiro contato com a capital foi de deslumbramento, mas que a adaptação veio rápido. "Não estranhei. Sempre encarei morar fora como um desafio", revela.
Mesmo longe de casa, o estudante consegue conviver bem com a saudade da família. Um dos motivos é que conversa com os pais todos os dias pelo telefone e pela internet. Porém, lamenta não poder contar com a proteção da mãe, com a comida quentinha e as roupas lavadas. “Isso é conseqüência da minha mãe não morar aqui”, brinca.
Mesmo com visões diferentes sobre morar longe de casa, Ivan, Pedro e Carlos Eduardo concordam em um aspecto: o amadurecimento. “Morar sozinho me fez valorizar aspectos que antes eu não percebia como ir ao mercado ou a uma feira. Ajudou muito no meu amadurecimento”, conta Carlos Eduardo.
Essa não é a primeira vez que Ivan sai de sua cidade natal para morar fora de casa. Antes de Belo Horizonte o estudante morou em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, mas conta que não passou nem perto das dificuldades que enfrenta ao morar na capital mineira. "Quando eu fui morar em Ribeirão, eu já conhecia a cidade, então foi mais fácil. Em BH tive um pouco de medo, porque é uma cidade grande, totalmente diferente da vida que eu estava acostumado a ter", explica.
Logo na primeira semana em Belo Horizonte Ivan percebeu o quanto era complicado viver longe de casa e, principalmente, longe da mãe. Como Ribeirão ficava próximo de sua cidade, ele conseguia ir para São Sebastião do Paraíso todo final de semana, assim, a falta de casa não era tão grande. Porém, devido à grande distância entre Belo Horizonte e São Sebastião do Paraíso, Ivan só vai para casa uma vez ao mês, o que torna a saudade muito maior. "Quando cai a ficha de que a nossa mãe não mora mais com a gente é que descobrimos o quanto ela é importante e faz falta", comenta. Mesmo fora de casa, Ivan não mora totalmente sozinho. Ele vive em uma república junto com outros três garotos, que assim como ele, saíram de suas cidades para estudar em BH.
Pedro Paulo Pereira Silva tem apenas 19 anos, porém é o que possui a maior experiência em viver longe dos pais. Além de Belo Horizonte, ele já morou em Juiz de Fora e na Irlanda. Ele é estudante de Relações Internacionais e saiu de sua casa em Barbacena em 2008. "Saí de casa para estudar, já que BH oferecia melhores oportunidades do que a minha cidade", explica.
Diferente de Ivan, para Pedro a mudança não foi tão difícil, porém não nega que sente falta da família e de algumas mordomias como o conforto da casa dos pais e do carro que antes, ficava à disposição. "Para mim foi normal, porque eu ainda considero que moro com a minha mãe. Tenho duas casas”, brinca. O estudante também destaca a dificuldade de conviver com pessoas tão diferentes dele, mas afirma que a experiência é muito boa.
Assim como Pedro, Carlos Eduardo Alvim, 19 anos, também saiu de Barbacena para estudar em Belo Horizonte. Antes disso, morou em Juiz de Fora para fazer cursinho e se preparar para o vestibular. O estudante conta que o primeiro contato com a capital foi de deslumbramento, mas que a adaptação veio rápido. "Não estranhei. Sempre encarei morar fora como um desafio", revela.
Mesmo longe de casa, o estudante consegue conviver bem com a saudade da família. Um dos motivos é que conversa com os pais todos os dias pelo telefone e pela internet. Porém, lamenta não poder contar com a proteção da mãe, com a comida quentinha e as roupas lavadas. “Isso é conseqüência da minha mãe não morar aqui”, brinca.
Mesmo com visões diferentes sobre morar longe de casa, Ivan, Pedro e Carlos Eduardo concordam em um aspecto: o amadurecimento. “Morar sozinho me fez valorizar aspectos que antes eu não percebia como ir ao mercado ou a uma feira. Ajudou muito no meu amadurecimento”, conta Carlos Eduardo.
Confira as vantagens e desvantagens de morar sozinho
MORAR SOZINHO É RUIM PORQUE TEM QUE...
- Fazer comida
- Lavar louça
- Lavar roupa
- Arrumar a casa
- Lidar com a saudade da família e dos amigos
- Administrar o dinheiro
- Ficar sem o carro
MORANDO SOZINHO VOCÊ PODE...
- Não ter horário para chegar em casa
- Dormir até tarde
- Comer na sala e vendo TV
- Ser independente
- Ir para onde quiser sem ter que dar satisfações
MINHA MÃE NÃO MORA AQUI
A intenção desse blog é falar sobre a vida de jovens que saem de casa para morar sozinhos e estudar.
A primeira matéria tem um caráter melancólico e possui o objetivo de apresentar alguns estudantes e contar suas histórias, lembrando o que os fizeram mudar de cidade, os primeiros sentimentos que tiveram ao sair de casa e, principalmente, as primeiras dificuldades ao perceberem que “minha mãe não mora aqui”.
Ao longo do blog iremos postar matérias que contam a rotina desses jovens, as dificuldades e curiosidades da vida fora de casa, além de dicas úteis para quem não vive no conforto do lar dos pais. Dessa forma, novos personagens irão surgir para dividir suas histórias e contar suas experiências.
É importante lembrar que esse é um blog em constante desenvolvimento e, apesar da mãe de ninguém morar aqui, no coração dele sempre cabe mais um.
Seja bem vindo e compartilhe das loucuras de quem vive “só, somente só”.
A primeira matéria tem um caráter melancólico e possui o objetivo de apresentar alguns estudantes e contar suas histórias, lembrando o que os fizeram mudar de cidade, os primeiros sentimentos que tiveram ao sair de casa e, principalmente, as primeiras dificuldades ao perceberem que “minha mãe não mora aqui”.
Ao longo do blog iremos postar matérias que contam a rotina desses jovens, as dificuldades e curiosidades da vida fora de casa, além de dicas úteis para quem não vive no conforto do lar dos pais. Dessa forma, novos personagens irão surgir para dividir suas histórias e contar suas experiências.
É importante lembrar que esse é um blog em constante desenvolvimento e, apesar da mãe de ninguém morar aqui, no coração dele sempre cabe mais um.
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