sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Manhêêê!

Pedro, Mariane, Carlos Eduardo, Ivan, Ricardo... A mãe deles não mora aqui. Neste vídeo, todos eles que foram personagens das matérias que compõem este blog, falam das dificuldades de estar longe de casa.


E as situações complicadas sempre aparecem: depois a entrevista com a Mariane e o Carlos Eduardo, lembramos que a lâmpada do quarto estava queimada. Como as meninas não tinham altura para alcançar a lâmpada, pedimos ao Carlos Eduardo que fizesse isso. O que deveria ser uma atividade corriqueira, tomando muito mais tempo que o necessário. E para ver o resultado da "aventura", é só assistir ao vídeo abaixo:


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DICAS PARA ECONOMIZAR MAIS NA HORA DAS COMPRAS

O economista Ricardo Rabello dá as dicas para você, que mora sozinho, não errar na hora de ir às compras

1) Planeje bem suas compras
2) Faça uma lista de tudo o que quer comprar
3) Selecione quais são os itens de maior necessidade
4) Evite comprar produtos por impulso
5) Sempre que possível, faça uma comparação de preços entre os diversos supermercados

Planejando seus gastos você conseguirá saber bem o que precisa e aonde comprar. Dessa forma, a economia será garantida.

DINHEIRO NA MÃO...

Quando sai para fazer compras a estudante de odontologia Mariane Marinho, 19 anos enfrenta algumas dificuldades quando o assunto é economizar. Mariane mora sozinha há dois anos, quando saiu de sua cidade no interior de Minas Gerais para estudar na capital mineira, e a falta de experiência em compras de supermercado faz com que a estudante acabe gastando mais do que o planejado.



A estudante tem dificuldades na hora das compras





De acordo com o economista Ricardo Rabello, as dificuldades enfrentadas por Mariane são comuns ao se tratar de jovens que moram sozinhos. Isso acontece, muitas vezes, justamente pela falta de experiência que os estudantes tem em fazer compras. “Eles acabam pagando mais caro porque não tem muita prática”, afirma.


Mariane ainda não trabalha. Como o curso de odontologia é em horário integral, a estudante dedica a maior parte de seu tempo aos estudos. Dessa forma, ela conta com o apoio dos pais para se manter em Belo Horizonte. “As despesas são divididas. Meu pai paga a mensalidade e meus materiais da faculdade e a questão de compras, comida, aluguel, minha mãe que é responsável por essa parte”, conta. Os gastos, sem contar a mensalidade da faculdade, são em torno de R$600, divididos entre aluguel, comida e transporte. Além disso, a mãe da estudante manda uma quantia para gastos extras, como em caso de precisar comprar remédios ou pegar um táxi.


Os gastos em BH chegam a R$600 por mês





A estudante conta que consegue se manter bem com a quantia enviada pelos pais, porém, na hora das compras, sempre acaba gastando um pouco mais. As dificuldades de Mariane não estão em encontrar produtos mais baratos, comparar preços ou marcas, mas sim por não conseguir conter a vontade de comprar produtos por impulso. “Não tenho dificuldade na hora de fazer as compras sozinhas, porque sempre ajudei minha mãe, o problema é que compro muita coisa que não tem necessidade”, afirma.




Ricardo Rabello afirma que isso acontece justamente pelas estratégias usadas pelos supermercados, que colocam as prateleiras de produtos mais supérfluos na frente e os bens de primeira necessidade nos fundos. Então, obrigam o comprador a passar por aquelas prateleiras antes de chegar ao que eles precisam.



Muitos produtos que Mariane compra são por puro impulso



Diferente de Mariane, o estudante Carlos, 18 anos, enfrenta dificuldades justamente na hora de comparar os preços e escolher marcas. “Como não tinha esse costume na minha cidade, acabo passando por alguns problemas aqui”, revela. O estudante conta ainda que não tem noção de quais são as melhores marcas e que já passou muita raiva ao comprar produtos que não eram de boa qualidade. “Acabei gastando mais”, lamenta.


A solução de Carlos é ligar para a mãe e dessa forma, pedir dicas sobre o que comprar. Mariane admite que a ajuda da mãe também é muito importante, pois só com ela consegue economizar mais dinheiro na hora das compras. “Se eu tivesse fazendo compras junto com a minha mãe, com certeza eu iria gastar menos. Ela não ia deixar eu comprar tanta coisa que eu gosto e que não tem tanta necessidade, mas como ela não mora aqui, eu aproveito”, brinca.
Além da falta de experiência e falta de controle na hora de comprar, os estudantes reclamam também que alto custo de vida nos bairros universitários, principalmente o Coração Eucarístico. "Comparando com a minha cidade, tudo aqui no bairro é mais caro", conta Mariane.
Para saber mais sobre o custo de vida no Coreu acesse:

http://www.fca.pucminas.br/embriao/textos/marco_275.pdf











































































segunda-feira, 27 de setembro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

FILHO, VOCÊ ESTÁ SE ALIMENTANDO BEM?

Quando Maria Aparecida Duarte Alvim liga para o filho Carlos Eduardo, a pergunta é sempre a mesma: “Filho, você está se alimentando bem?”. Essa pergunta é reflexo da preocupação de Maria Aparecida pelo filho que saiu de Barbacena para morar sozinho em Belo Horizonte, onde cursa a faculdade de jornalismo. “Tenho muito medo dele não estar almoçando e sim fazendo lanche, então eu procuro sempre saber da alimentação dele”, conta.


Segundo a nutricionista Elza Freire, um dos maiores problemas para os jovens que moram sem os pais é a má alimentação. Isso acontece, principalmente, devido à falta de tempo dos estudantes e a má orientação quanto ao consumo dos alimentos. “O maior problema é a falta de horário para se alimentar e também a qualidade e a escolha dos alimentos que eles fazem, pois são pouco nutritivos”, explica a nutricionista.


Na casa de Carlos Eduardo o miojo é o prato principal


Mesmo com toda a cobrança da mãe, Carlos Eduardo não esconde que às vezes tropeça quanto aos cuidados com a alimentação e se rende a alimentos prontos ou pula refeições durante o dia. O estudante conta que não tem habilidades na cozinha e isso acaba por influenciar a má alimentação. Quando tem a oportunidade de cozinhar, acaba optando por alimentos mais fáceis, como massas. “Macarrão sai muito lá em casa, porque é mais fácil de fazer. O mais tradicional mesmo, que é super rápido, é o miojo”, revela.


Diferente de Carlos Eduardo, o estudante Ricardo Mallaco, 20 anos, conta que adora cozinhar e vê o fato de morar sozinho como uma oportunidade de testar as habilidades na cozinha. “Quando eu morava com a minha família eu tinha pouco costume de cozinhar, porque minha mãe falava que ia sujar as coisas, que ia bagunçar a cozinha. Aqui, já que a cozinha é minha, eu bagunço”, diz. Ricardo saiu de Vitória, no Espírito Santo, para morar em Belo Horizonte, onde cursa a faculdade de jornalismo e mesmo gostando de cozinhar, afirma que enfrenta alguns problemas como a falta de tempo e de dinheiro para fazer comidas mais saudáveis. Além disso, Ricardo conta que sente falta, principalmente, da variedade de comidas que a mãe preparava quando ele morava no Espírito Santo, o que não acontece agora que mora sozinho. “Lá ela comprava carne melhor, algumas carnes mais nobres, comprava salmão, aqui eu não como porque se não eu gasto o dinheiro do mês todo só comprando salmão”, afirma.


Elza Freire afirma que a falta de cuidado com a alimentação pode gerar muitos problemas para esses jovens, como pressão alta, obesidade e problemas renais. A maioria dos alimentos preferidos pelos estudantes tem alto teor de corante, sódio, gordura trans e acidulante, como é o caso dos biscoitos recheados e sucos de pacotinho. Além disso, a nutricionista afirma que os chamados “alimentos prontos”, como lasanhas, pizzas e sanduíches e, principalmente, as frituras são totalmente prejudiciais, aumentando ainda mais os riscos para aquelas pessoas que não praticam nenhuma atividade física.

Para driblar os problemas que enfrentam na cozinha Carlos Eduardo e Ricardo sempre ligam para casa para pedir dicas para as mães. Outra solução encontrada pelos estudantes é trazer a comida pronta quando vão para casa nos finais de semana e deixá-la guardada no congelador.



Maria Aparecida sempre tenta ajudar o filho dando dicas de alimentos saudáveis e fáceis de fazer, mas a preocupação sempre continua. “Apesar dele não gostar de cozinhar, eu procuro ensinar a ele o que fazer. Dou dica pra ele fazer alguma coisa bem saudável, fazer um arroz, um feijão, uma salada, um bife, que são coisas fáceis de fazer e que ele vai ficar bem alimentado. Mando ele comer verdura, legumes. Ele fala que come, mas eu tenho as minhas dúvidas”, revela.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Mãe, pai, quero estudar fora!"

“ Mãe, pai, quero estudar fora.” Essa é a frase, em que os pais percebem que seus filhos necessitam de seu próprio espaço para se darem bem, futuramente nas profissões desejadas.



Foi assim com Rosânea Martins, mãe de Carla que saiu de Conselheiro Lafaiete para cursar Jornalismo na PUC Minas: “Deixei a Carla estudar fora por causa das melhores condições de ensino e mercado que BH oferece.”



E assim como Carla, Camylla e Matheus  também tiveram que sair de casa. Camylla, se viu na difícil decisão de ficar em uma cidade pequena e fazer um curso que não era o desejado, ou se mudar para Viçosa, e fazer Zootecnia na UFV. A mãe de Camylla, Míriam Apolinário disse que apesar de tudo apoiar a decisão de Camylla era o melhor a ser feito já que se tratava do sonho de sua filha, e depois de algumas conversas, não havia mais nada a fazer, do que ajudar a filha na mudança.



Com Matheus não foi diferente, depois de passar em Engenharia Metalúrgica, na UFOP, não houve outro sentimento vindo dos pais que não de apoio, sua mãe Marlene Rodrigues, comenta que: “ A saída de casa foi meio que um caminho natural, visto as poucas possibilidades na nossa cidade, Lafaiete. Conversamos quanto à mudança e continuamos conversando.”  Outra preocupação que pareceu muito relevante aos pais, quanto à saída dos filhos de casa é a constante violência, segundo Rosânea: “Vivemos em um mundo em que a violência ta demais. Então a preocupação maior não é pelo que ela possa fazer, mas pelo que os outros possam fazer com ela.”



Nas entrevistas, o que mais se notava era que o sonho dos filhos, acabava por se tornar também o dos pais, com isso a segurança dos pais com filhos e filhos com pais, não poderia ser mais sólida.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

JOVENS ESTUDANTES LIDAM COM O DESAFIO DE MORAR LONGE DOS PAIS



Saudade de casa, falta da família e a responsabilidade de controlar a própria vida. Esses foram os sentimentos com os quais Ivan Soares, 20 anos, teve que aprender a lidar há dois anos, quando resolveu sair da casa dos pais em São Sebastião do Paraíso para estudar engenharia mecatrônica em Belo Horizonte.


Essa não é a primeira vez que Ivan sai de sua cidade natal para morar fora de casa. Antes de Belo Horizonte o estudante morou em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, mas conta que não passou nem perto das dificuldades que enfrenta ao morar na capital mineira. "Quando eu fui morar em Ribeirão, eu já conhecia a cidade, então foi mais fácil. Em BH tive um pouco de medo, porque é uma cidade grande, totalmente diferente da vida que eu estava acostumado a ter", explica.


Logo na primeira semana em Belo Horizonte Ivan percebeu o quanto era complicado viver longe de casa e, principalmente, longe da mãe. Como Ribeirão ficava próximo de sua cidade, ele conseguia ir para São Sebastião do Paraíso todo final de semana, assim, a falta de casa não era tão grande. Porém, devido à grande distância entre Belo Horizonte e São Sebastião do Paraíso, Ivan só vai para casa uma vez ao mês, o que torna a saudade muito maior. "Quando cai a ficha de que a nossa mãe não mora mais com a gente é que descobrimos o quanto ela é importante e faz falta", comenta. Mesmo fora de casa, Ivan não mora totalmente sozinho. Ele vive em uma república junto com outros três garotos, que assim como ele, saíram de suas cidades para estudar em BH.


Pedro Paulo Pereira Silva tem apenas 19 anos, porém é o que possui a maior experiência em viver longe dos pais. Além de Belo Horizonte, ele já morou em Juiz de Fora e na Irlanda. Ele é estudante de Relações Internacionais e saiu de sua casa em Barbacena em 2008. "Saí de casa para estudar, já que BH oferecia melhores oportunidades do que a minha cidade", explica.


Diferente de Ivan, para Pedro a mudança não foi tão difícil, porém não nega que sente falta da família e de algumas mordomias como o conforto da casa dos pais e do carro que antes, ficava à disposição. "Para mim foi normal, porque eu ainda considero que moro com a minha mãe. Tenho duas casas”, brinca. O estudante também destaca a dificuldade de conviver com pessoas tão diferentes dele, mas afirma que a experiência é muito boa.


Assim como Pedro, Carlos Eduardo Alvim, 19 anos, também saiu de Barbacena para estudar em Belo Horizonte. Antes disso, morou em Juiz de Fora para fazer cursinho e se preparar para o vestibular. O estudante conta que o primeiro contato com a capital foi de deslumbramento, mas que a adaptação veio rápido. "Não estranhei. Sempre encarei morar fora como um desafio", revela.


Mesmo longe de casa, o estudante consegue conviver bem com a saudade da família. Um dos motivos é que conversa com os pais todos os dias pelo telefone e pela internet. Porém, lamenta não poder contar com a proteção da mãe, com a comida quentinha e as roupas lavadas. “Isso é conseqüência da minha mãe não morar aqui”, brinca.



Mesmo com visões diferentes sobre morar longe de casa, Ivan, Pedro e Carlos Eduardo concordam em um aspecto: o amadurecimento. “Morar sozinho me fez valorizar aspectos que antes eu não percebia como ir ao mercado ou a uma feira. Ajudou muito no meu amadurecimento”, conta Carlos Eduardo.



Confira as vantagens e desvantagens de morar sozinho




MORAR SOZINHO É RUIM PORQUE TEM QUE...



  • Fazer comida

  • Lavar louça

  • Lavar roupa

  • Arrumar a casa

  • Lidar com a saudade da família e dos amigos

  • Administrar o dinheiro

  • Ficar sem o carro

MORANDO SOZINHO VOCÊ PODE...



  • Não ter horário para chegar em casa

  • Dormir até tarde

  • Comer na sala e vendo TV

  • Ser independente

  • Ir para onde quiser sem ter que dar satisfações